domingo, 11 de julho de 2010

Grandes feministas

Todo avanço da mulher na sociedade está sendo conquistado com muita luta. As grandes feministas foram as grandes pioneiras de toda a transformação pelo qual a sociedade atravessou. Ao contrário do que o pensamento machista e patriarcal acredita, elas não lutaram contra os homens, mas por uma sociedade mais justa e humana. De suas ações, descortina-se a esperança de um futuro melhor para todos, por isso elas devem ser lembradas e reverenciadas não apenas pelas mulheres, mas pelos homens que reconhecem o seu lugar. Esta é uma pequena lista destas grandes pensadoras da humanidade.


Andrea Dworkin – empreendeu importante luta contra a pornografia, associada por ela ao estupro e à violência contra a mulher.

Betty Friedan – Importante feminista norte-americana, autora de a “a mística feminina”, que tentava demonstrar que as feministas não lutavam contra uma ordem determinada por Deus. A mulher deveria buscar realização pessoal, não como esposa.

Germaine Greer – feministas australiana moderna, chegou a participar de um Big Brother de celebridade, autora de obras como a “mulher eunuco”, a “mulher inteira” e outros.

Gloria Steinem – Jornalista e feminista norte-americana, autora de “se os homens mestruassem”

Kate Millett – Autora de “Política sexual”, uma das grandes obras do pensamento feminista, sobre as formas como o patriarcado controla a sexualidade feminina.

Mary Wollstonecraft – Pioneira na luta pelos direitos da mulher, ainda no século XVIII, que escreveu o clássico “Em defesa dos direitos da mulher”.

Naomi Wolf – Autora do “mito da beleza”, que defende a tese de que a exigência da beleza dificulta a ascensão da mulher.

Nancy Fraser e Seyla Benhabib – Cientistas sociais norte-americanas, autoras de “Feminist Contentions”.

Valerie Solanas – A mais radical das feministas, defendeu a tese de que o homem seria um “mulher incompleta”, precisando de uma mulher de verdade para se realizar emocionalmente.

Bertha Pappenheim – Importante na luta pelo reconhecimento da mulher judia, no início do século XX.

Alexandra Kollontai – Pensadora Russa, que lutou pelas causas femininas no início do século XX, participou da revolução bolchevique.

Emma Goldman – Lituana famosa pelos seus discursos feministas nas primeiras décadas do século XX.

Emmeline Pankhurst – Feminista britânica que lutou pelo direito ao voto das mulheres no período entre guerras.

Mary Wollstonecraft – Pioneira na luta pelos direitos da mulher, ainda no século XVIII, que escreveu o clássico “Em defesa dos direitos da mulher”.

Margareth Mead – Antropóloga norte-americana, provou, ao estudar uma tribo em que os homens são submissos e as mulheres dominantes, que os papéis sociais da sociedade patriarcal são construções culturais.

Mary Daly – Filósofa e teóloga, importante pensadora do chamado feminismo radical, que prevê, entre outras coisas, direitos diferenciados para compensar as dificuldades que as mulheres enfrentaram na sociedade.

Catherine MacKinnon – Advogada, adepta do feminismo radical, escreveu estudos importantes sobre como a pornografia é uma forma de oprimir as mulheres

Camille Paglia – Escritora norte-americana, sua posição crítica não poupou nem as próprias feministas.

Cathy Young – Jornalista e escritora independente, dialogou com pensamentos conservadores e progressistas para formular suas teorias sobre os indivíduos

Sharon Presley – Norte-americana libertária e adepta da corrente do feminismo individulista e do feminismo anárquico. É escritora, ativista e psicóloga. .

Joan Kennedy TaylorIntelectual libertária e defensora do feminismo individualista

Susan Faludi. – Jornalista norte-americana e feminista libera. É autora do livro de impacto Backlash, O contra-ataque na guerra não declarada contra as mulheres.

Carmem da Silva - Fundadoras do Centro da Mulher Brasileira - primeiro núcleo feminista no país.

Berta Lutz - Liderou a campanha pelo voto feminino e pela a aprovação de leis de proteção à mulher gestante, conquistas obtidas na Constituição de 1934. Deputada em 1936, continuou sua luta pela melhoria das condições femininas. Era filha do cientista Adolpho Lutz.

Rose Marie Muraro Superou a deficiência visual e se uma das maiores pensadoras do Brasil. Foi introdutora do feminismo no Brasil e uma das fundadoras do Centro da Mulher Brasileira.

Grandes mulheres da ciência

Todo machista, no alto de sua ignorância, ao ser questionado sobre o papel da mulher na sociedade, possui o mesmo discurso para justificar uma suposta supremacia masculina: “quantas mulheres contribuíram para o progresso da humanidade?” Embora os machistas ignore, foi um pouco difícil para as mulheres se destacarem em uma sociedade em que eram proibidas de sair de casa e estudar. Faltava para elas a “igualdade de oportunidade”, palavrinha mágica que ajuda a explicar o fato das mulheres hoje não apenas disputarem espaço com os homens, mas superá-los na maioria das áreas. Entretanto, a mente vazia e limitada de um machista também ignora a lista de mulheres que, ao longo dos séculos, superaram todas as adversidades e, em uma prova da capacidade desta criatura fantástica que é a mulher, contribuíram para o desenvolvimento da ciência e do conhecimento humano. Algumas delas destacamos aqui:

Hipatia (370 – 415) - Estudou na Academia de Alexandria temas como Matemática, Astronomia, Filosofia, religião, poesia e artes…Desenvolveu importante estudo sobre todos os principais sistemas religiosos de seu tempo

Marie-Sophie Germain (1776 - 1831) - Matemática francesa com importantes contribuições para a Teoria dos Números.


Marie Anne Pierrette Paulze, a Madame Lavoisier (1758 - 1836) - Marie-Ficou conhecida como a mãe da Química moderna. Era casada com Antoine Lavoisier.


Augusta Ada Byron (1815 - 1852) - Matemática inglesa, considerada a primeira programadora de computadores do Mundo


Marie Curie (1867 - 1934) - Física francesa, desenvolveu tese sobre o estudo das radiações emitidas pelos sais de urânio.

Valentina Tereshkova (1937) - Primeira mulher astronauta.

Lise Meitner - Juntos, ela e o físico Otto Hahn, fizeram uma série de descobertas no campo da radioatividade, incluindo-se um novo elemento, o protoactínio.

Emily Balch -, Socióloga norte-americana, vencedora do prêmio Nobel da paz em 1946,

Gerty Cori - prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1947,

Bárbara McClintock - prêmio Nobel de medicina em 1983.

Elizabeth Arden - Personificou a mulher de negócios da América. Enfermeira, revolucionou o ramo de cosméticos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mudanças na balança psicológica


A partir da postagem anterior, podemos perceber que as mudanças da sociedade acarretam, inevitavelmente, além das transformações concretas e visíveis ao nosso redor, mudanças também nos aspectos psicológico de homens e mulheres. Em geral, salvo as idiossincrasias pessoais de cada indivíduo, temos o seguinte quadro psicológico predominando quando um novo casal se forma: a mulher é segura e altiva, com a autoestima elevada, ciente de que pode alcançar seus sonhos. Por sua vez, os homens são cada vez mais inseguros e indecisos, com baixa autoestima, perdido e vendo o mundo que lhe foi ensinado desmoronar. Este aspecto da transformação da sociedade, menos visível mas igualmente real, gera uma série de conflitos que, muitas vezes, acaba minando e destruindo muitos relacionamentos que poderiam ser estáveis e duradouros.

É um erro, em primeiro lugar, achar que a situação atual é um espelho invertido dos aspectos predominantes antes da mudança, apenas com os papéis trocados. As mulheres, pelo menos a grande maioria delas, durante séculos vestiram o manto da submissão resignadas, como se esta fosse sua condição natural. Para os homens, ao contrário, a situação atual gera um conflito interno, pois não corresponde aos papéis aprendidos desde a infância. Além disso, o momento atual é de transição, com os novos papéis sendo consolidados e ensinados. Com o tempo, a revolta deve ceder lugar não apenas a conformação, mas, para as novas gerações, a naturalização, acomodando os instintos do homem agora submisso.

Até esta naturalização dos novos papeis, entretanto, a crise psicológica masculina desaguará, em casos extremos, na violência confirmada pelas tristes estatísticas. Todavia, se nem sempre a violência é a válvula de escape para o desequilíbrio emocional do homem moderno, a infelicidade é uma bomba que, embora menos traumática e perigosa, ameaça qualquer relacionamento. O homem que não se reconhece em sua auto-imagem idealizada tende a ser infeliz, e, neste caso, culpa a mulher pelos seus dramas e fantasmas pessoais, ratificando seu papel de macho com a traição. O homem trai, muitas vezes, para demonstrar para o amigo sua capacidade e virilidade e, deixando claro a mensagem machista de que ele não se sujeita aos desejos da mulher. Com a traição, o homem acredita estar assumindo seu próprio destino, reencontrando seu platônico mundo ideal. Sua alma pulsa novamente, vibra com a fuga de sua realidade e, psicologicamente, faz a confiança respirar momentaneamente. Desta forma, a traição faz o homem se reencontrar em uma realidade confusa e perdida, por isso é tão tentadora. É uma resposta para os seus próprios questionamentos. Entretanto, como ficam as mulheres diante deste problema que ronda o homem moderno?

A Fêmea Alfa

A mulher é a peça fundamental neste jogo de xadrez que é a vida moderna. Além de sua condição psicológica mais estável no mundo atual, elas possuem, por natureza, mais equilíbrio emocional e maturidade. Cabe a mulher, nesta fase de transição, compreender a insegurança do homem, buscando tornar este novo papel masculino menos traumático. Não se trata, pois, de abrir mão de sua nova condição de mulher e se submeter aos desejos do homem, mas, antes o contrário, tomar as rédeas da situação usando a inteligência e o equilíbrio. É a mulher, em outras palavras, que dará conforto e orientará o “novo homem”, sendo companheira e amiga, mas ocupando seu novo papel social.

Dan Kindlon define esta “nova mulher” como Alpha Girls, ou, como costuma ser traduzido para o português, a Fêmea Alfa. É cada vez mais comum nos Estados Unidos, mas também no Brasil, as mulheres assumirem seu papel de liderança, “impondo” aos homens sem trauma a nova realidade. A Fêmea Alfa é altiva, capaz, segura e consciente de seu novo papel. No entanto, sabe que os homens também são importantes, sabe de suas dúvidas e incertezas e oferece respostas, cede o colo. A Fêmea Alfa ouve, entende, compreende, procura ajudar. Ela sabe que, na construção de um mundo melhor, precisa orientar os homens a compreenderem e aceitarem seu novo papel. Se as mulheres, em suma, assumem os postos de comando e liderança, tanto na esfera pública quanto na privada, os homens precisam auxiliar as mulheres nesta tarefa, são o complemento, a cereja do bolo.

Assim, ao invés da violência e da infelicidade, o novo homem reencontra alegria e a autoestima ao saber que os antigos papéis não são naturais, mas construções histórias que se transformam ao sabor das mudanças sociais. Ele respeita a figura feminina matriarcal, sua companheira e amiga, parceira na construção de uma sociedade mais justa e humana. A fêmea Alfa que lhe ensinou a reencontrar a paz.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Autoestima feminina


Além de todas as mudanças concretas que vem transformando a sociedade nas últimas décadas, a luta das feministas produziu outra conseqüência que, mesmo não sendo tão visível, é facilmente percebida no comportamento de cada mulher: a autoestima elevada, que gera a consciência de suas potencialidades e um incontido orgulho de sua condição. Sim, as mulheres venceram, e, no rosto de cada adolescente que vislumbra o futuro, está o brilho daquelas que lutaram e superaram todas as adversidades.

O cenário atual contrasta com o tradicional papel da mulher na sociedade machista, que, entre outras barbaridades, a excluía da participação na vida pública e dos próprios direitos de cidadania. Quais perspectivas as mulheres enxergavam? Submeter-se à vontade dos maridos, voltar-se para os trabalhos do lar e, mesmo as poucas afortunadas que estudavam, estavam condenadas a uma condição secundária na vida social. Embora a maioria aceitasse este papel resignada, incorporando a ideologia patriarcal como verdade, suas perspectivas limitadas não incluíam disputar com os homens, mais preparados. Elas já sabiam seus limites, ceifavam suas potencialidades, tinham castradas desde crianças sua própria liberdade para sonhar.

Hoje, entretanto, apesar da luta continuar, a mulher esbanja autoestima para enfrentar os novos tempos. A princípio as feministas queriam apenas igualdade de condições, mas, em virtude da “superioridade natural da mulher”, como definiu o Antropólogo Montagu ainda na metade do século XX, esta igualdade de condições significa, na prática, uma vantagem para as mulheres sobre o homens. É por isso que o machismo, durante séculos, fez questão de castrar os desejos, os sonhos e as oportunidades das mulheres. Agora, finalmente disputando em igualdade de condições, a maior capacidade das mulheres se revela em números e estatísticas.

Nas escolas, nas universidades ou no mercado de trabalho, as mulheres demonstram há anos melhores desempenhos, criando uma base sólida sobre a qual as mulheres estão “virando o jogo” sobre os velhos opressores. À medida que o mundo se torna mais feminino, fica evidente não apenas as virtudes femininas, mas a fragilidade dos antigos opressores. As mulheres sabem desde a escola primária que vencerá os homens. Sabe que pode alcançar seus sonhos e objetivos, que pode respirar a liberdade e caminhar rumo à felicidade.

Autoestima masculina

Naturalmente as feministas não têm culpa, mas, se a luta das últimas décadas provocou uma reviravolta na autoestima das mulheres, uma outra conseqüência foi promover exatamente o inverso para os homens. Na verdade, as transformações ideológicas correm bem mais lentas que a vida concreta e real. Embora o mundo de hoje seja cada vez mais feminino, a maioria dos meninos são educados pelo velho modelo machista, que o confere condição de superioridade. Isso está presente, por exemplo, na forma como estes mesmos meninos, quando se tornam adolescentes e adultos, tratam as mulheres com um certo desprezo, típico das sociedades patriarcais. No entanto, a realidade é bem diferente e, como uma bomba prestes a explodir, atormenta sua mente.

Desde a escola primária o homem aprende que a vida concreta é bem diferente daquilo que foi para ele ensinado. Sempre existe uma mulher melhor que ele, tirando notas melhores e ganhando elogios. O mesmo acontecerá na universidade, quando, para entrar, ele perderá a vaga para muitas mulheres, e no mercado de trabalho, em que provavelmente ele terá uma chefe mulher e mais nova. Felizmente para os homens, a imaturidade aliena sua alma, de forma que a realidade nua e crua é muitas vezes ignorada. Até a fase adulta grande parte dos homens só querem curtir a vida, não compreendo as preocupações que sua idade exige. No entanto, quando finalmente despertam, além das dificuldades naturais, precisam superar a defasagem que a imaturidade trouxe em relação às mulheres.

A autoestima do homem moderno está no chão. Tudo aquilo que foi aprendido, na prática, se demonstrou irreal. Ele olha ao redor e vê uma sociedade se transformando, com sua esposa mais preparada e ganhando melhor, ocupando um papel que, tradicionalmente, deveria ser dele. A imagem do homem tradicional se desmancha frente ao avanço feminista. Se desintegra no ar feio bolha de sabão, fazendo os machistas terem que erguer os olhos para enxergar, diante de si, o rosto da mulher altiva. E assim o homem, perdido e humilhado, recorre à única vantagem que ainda possui e permanece imune às transformações: a força física.

No entanto, nem tudo está perdido. O homem pode resgatar sua autoestima não competindo com as mulheres, mas estando ao lado dela. Como está provado, a igualdade de condições significa vantagem para as mulheres, isso não vai mudar. Não adianta lutar contra fatos. A revolta não vai apagar, para citarmos apenas um exemplo, o fato do cérebro feminino fazer múltiplas tarefas ao mesmo tempo, fundamental para a velocidade e o número de informações do mundo moderno, ao contrário do masculino, que se concentra em apenas uma ação. Se a natureza nos fez assim, ótimo. Parabéns para elas! Certamente, assumindo o novo papel que se desenha para os homens, é possível reencontrar a autoestima e a felicidade.