publicada no portal de notícias R7, em 30/06/2010
Estudo mostra que cromossomos Y estão encolhendo e desaparecendo aos poucos. A má notícia é que o homem está a caminho da extinção; a boa é que
isso só deverá acontecer daqui a cinco milhões de anos
Ela explicou que os homens poderão seguir o mesmo caminho de um tipo de roedor que ainda consegue se reproduzir apesar de não ter os genes vitais que fazem parte do cromossomo Y, revelou o jornal inglês Telegraph nesta quarta-feira (30).
Em uma palestra para estudantes de medicina na Escola Real de Cirurgiões da Irlanda, a pesquisadora contou que uma segunda espécie de seres humanos poderia surgir no futuro.
- Há três milhões de anos, o cromossomo Y tinha cerca de 1.400 genes, mas hoje só restaram 45 deles. A essa velocidade, ficaremos sem genes nesse cromossomo daqui a cinco milhões de anos.
Segundo ela, o cromossomo Y “está morrendo e a grande questão é o que acontecerá depois".
O cromossomo Y do homem tem um gene (SRY) que aciona o desenvolvimento dos testículos e bombeia os hormônios que determinam a masculinidade.
Em sua palestra, chamada O Declínio e a Queda do Cromossomo Y e o Futuro do Homem, Jennifer discutiu o desaparecimento do cromossomo e as implicações para o ser humano. Ela disse que ainda não se sabe o que vai acontecer quando o cromossomo Y sumir totalmente.
- Os seres humanos não podem se reproduzir de forma assexuada, como os lagartos, porque vários genes vitais vêm do gênero masculino.
A cientista disse que a boa notícia é que algumas espécies de roedores – como algumas ratazanas da Europa do leste e ratos do Japão – não possuem nem cromossomo Y nem o gene SRY.
Como existem muitos machos desses dois tipos de roedores por aí, os pesquisadores dizem que algum outro gene deve estar fazendo o trabalho, e eles querem saber que gene é esse.